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Joseph L. Lagrange ( 1736 - 1813) |
Joseph Louis Lagrange nasceu em Turin, Itália.
Bem
jovem tornou-se professor na Escola Real de Artilharia em Turin, fazendo sua
primeira publicação em 1759 na "Miscelânea", revista da Academia.
Lagrange
substituiu Euler na Academia de Berlim, por convite de Frederico, o Grande, aí
passando vinte anos. Em Berlim publicou importantes obras sobre Mecânica,
problema dos três corpos, primeiras idéias de funções e importantes trabalhos
sobre teoria das equações. Após a morte de Frederico, foi para a França,
convidado por Louís XVI, onde tomou parte no Comitê de Pesos e Medidas.
Foi o
primeiro professor da Escola Politécnica onde ensinava Análise, escrevendo
notas de curso em vários níveis mais tarde publicadas no clássico "Teoria
das Funções Analíticas", marcante em seu rigor e tentando tornar o Cálculo
mais lógico do que prático. Nesta obra impulsionou a teoria das funções de
variável real que a partir daí ocuparia a atenção dos matemáticos,
utilizando-se nela da notação para derivadas de várias ordens.
Na
Escola Normal, Lagrange preparou e ministrou aulas, hoje equivalentes às do
curso colegial ou pré-universitário, em Álgebra avançada.
Lagrange
muito contribuiu para o estudo do Cálculo das Variações, um ramo novo da
Matemática no século XVIII, resolvendo com esta teoria vários problemas de
isometria, chegando a ser considerado superior mesmo por Euler.
Em
Teoria dos Números fez importantes demonstrações, provando, por exemplo, que
todo inteiro positivo é a soma de no máximo quatro quadrados perfeitos. Em
1788,, Lagrange publicou sua "Mecânica Analítica" considerada um
poema científico pela perfeição e grandeza de sua estrutura, associando-se mais
à Matemática Pura do que à Aplicada. Sua ideia fundamental influiria muito nas
reformas educacionais da Revolução Francesa e, como dizia o próprio Lagrange:
"parece-me que as soluções que vou apresentar serão de interesse para os
geômetras tanto pelos métodos quanto pelos resultados. Essas soluções serão
puramente analíticas e podem ser entendidas mesmo sem figuras", e
realmente não há um único diagrama em seu trabalho.
Lagrange
era uma pessoa muito melancólica, com poucas participações em política e
movimentos revolucionários, sendo que para ele a Matemática era uma arte
sublime, sua própria razão para existir.
Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 2 –
Gelson Iezzi, Osvaldo Dolce e Carlos Murakami
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